A denominação de uma propriedade sítio da anta, a existência de uma sepultura antropomórfica e a existência de vestígios de um troço romano são indícios de, a não ser povoada, a Soalheira ter sido certamente um local de passagem. Só no ano de 1202, com D. Sancho I (O Povoador) em que é concedido o Foral de Alpreada (Castelo Novo) para que fossem garantidas as condições favoráveis ao povoamento desta região estratégica.
No foral não é feita qualquer referência à Soalheira, e a primeira referência aparece somente em 1505 em que o Tombo da comenda de Castelo Novo e Alpedrinha faz referência a "caminho velho que sohia de hir [de Castelo Novo] para a Soalheira, per hum alicerce de pedra".
Mais tarde, a Soalheira terá sido habitada por judeus que se converteram em Cristãos Novos, como prova algumas cruzes esculpidas nas portadas das casas.
No que diz respeito às respostas ao inquérito realizado pelo Marquês de Pombal, o então vigário, Frei José Dias Ferreira, responde com alguma ligeireza dando uma ideia geral de que a Soalheira seria bastante carenciada. Contudo, a Soalheira era já na época, bastante populosa, chegando a ter mais população do que a sede do Concelho - Castelo Novo (187-170).